quinta-feira, 4 de abril de 2013

Atlético-MG (BRA) goleia Arsenal de Sarandí (ARG) por 5x2, 'quebra-pau' foi o destaque

Sete jogadores do Arsenal de Sarandí foram autuados por lesão corporal e desacato por causa da confusão durante e após o jogo contra o Atlético-MG, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, na madrugada desta quinta-feiras. O clube argentino acabou multado em R$ 38 mil, sendo R$ 26 mil a serem pagos para entidades filantrópicas, mais R$ 4 mil para um jornalista agredido e outros R$ 8 mil a policiais que também saíram machucados.

A decisão foi tomada pela juíza Patrícia Froes, de plantão no momento do incidente. Oito jogadores tiveram seus nomes revelados como participantes da confusão: Hugo Nervo, Damián Pérez, Iván Marcone, Jorge Ortiz, Milton Celiz, Darío Benedetto, Nicolás Aguirre e Lisandro López.
O elenco do Arsenal prestou depoimento na delegacia do Independência e só deixou o local por volta das 5h30 (de Brasília). O twitter oficial do clube postou às 5h45: "A delegação do Arsenal se retirou do estádio rumo ao hotel aonde vai comer algo enquanto se organiza o ansioso retorno a Buenos Aires."
A confusão começou quando os atletas do time argentino quiseram reclamar da arbitragem do trio paraguaio formado por Enrique Cáceres, Dario Gaona e Hugo Martínez, após perderem por 5 a 2. A Polícia Militar entrou em campo para apartar um possível problema, mas foi então que o conflito começou. A coronal Cláudia Romualdo e outros oficiais foram agredidos, enquanto o jornalista Nilber Rodrigues foi atingido por duas cadeiras arremessadas do lado visitante.

Depois de toda a revolta, os jogadores do Arsenal se trancaram no vestiário (o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, disse que o local foi destruído pelos argentinos) à espera do que ia acontecer. Então, a delegacia do Independência começou a chamar alguns membros do clube para prestar depoimentos.
O episódio teve início quando um grupo do clube visitante foi protestar contra o juiz da partida. Um pequeno contingente de policiais então cercou os árbitros. Nervosos, alguns atletas começaram a agredir as autoridades.
Um dos jogadores inclusive desferiu um soco no rosto de um policial, e outro arremessou uma garrafa plástica no capacete de outro. Daí em diante, ocorreu uma verdadeira confusão. Depois de minutos de turbulência, o time argentino foi para o vestiário, que acabou cercado por policiais e jornalistas.
Com o tempo o clima se tranquilizou, mas a gravidade do episódio fez com que todo o elenco dos visitantes fosse ordenado a se dirigir para a delegacia. A prisão de alguns membros do time não está descartada.
"Nós vamos verificar isso, é um momento de avaliação e que vai de acordo com as provas que a gente colher. Se tiver imagem de tudo que aconteceu, ajudaria", afirmou o tenente-coronel Cícero, da polícia militar, ao canal à cabo "SporTv". "Com certeza (eles podem ser presos), ocorreram fatos que são crimes, que ocorreu depois do espetáculo."
Kalil diz que argentinos quebraram o vestiário
O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, comentou o incidente após a partida. De acordo com ele, os jogadores do Arsenal descontaram a raiva no vestiário. "Quebraram o vestiário inteiro", disse à emissora a cabo  "Fox Sports".
Kalil explicou que o seu clube não vai se meter na briga, mas fez um apelo para que essas brigam deixem de existir." Isso tem que acabar. Essa coisa de ‘é libertadores’ é conversa boba. Eu, sinceramente, nunca vi isso, esstou estarrecido", afirmou.
Por último, o presidente do time alvinegro disse que não teme uma punição para a equipe do técnico Cuca. "A polícia não veio aqui para bater e nem apanhar, ela veio pra proteger. Se tiver punição, pelas imagens, vai ser para os argentinos. A briga é da Polícia Militar de Minas Gerais e o time da Argentina, o Atlético não precisa nem ser ouvido", acrescentou Alexandre Kalil.


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