quinta-feira, 11 de julho de 2013

Atlético Mineiro bate Newell's Old Boys nos pênaltis e jogará a final contra o Olímpia-Paraguai

Lutar, lutar, lutar! Para vencer, vencer, vencer! Mais do que uma canção, a mensagem embutida no hino do Atlético-MG foi uma ordem para time e torcida nesta histórica noite de quarta e madrugada de quinta-feira no Independência. Vitória por 2 a 0 no tempo normal e posterior triunfo nos pênaltis, por 3 a 2, colocaram o Galo na final da Libertadores da América pela primeira vez. Victor, desde já eterno, foi novamente salvador. Pegou o último pênalti, de Maxi Rodríguez, e garantiu a classificação - como fizera contra o Tijuana nas quartas de final.
Guilherme gol Atlético-MG contra Newell´s  (Foto: AP)Jogadores do Atlético-MG festejam em campo: o Galo está na final! (Foto: AP)
Bernard, logo com três minutos, fez o primeiro gol do Atlético-MG. Havia uma eternidade para encontrar pelo menos mais um. E ele saiu no final, após um apagão no estádio, com Guilherme. Nos pênaltis, em um drama sem igual para a torcida alvinegra, Alecsandro, Guilherme e Ronaldinho Gaúcho fizeram, Jô e Richarlyson perderam e Victor pegou a última batida - depois de Casco e Cruzado também errarem.
O jogo teve incidentes. Terminou apenas na madrugada de quinta-feira. No primeiro tempo, parou por nove minutos para atendimento ao goleiro Guzmán. Na etapa final, parte do sistema de iluminação do Independência caiu, e a bola ficou sem rolar por 11 minutos. No momento da interrupção, o Atlético estava mal na partida. No retorno, fez o segundo gol. E foi aos pênaltis. E foi à final.
1 a 0 em um primeiro tempo de 54 minutos
Ronaldinho Gaúcho jogo Atlético-MG contra Newell´s (Foto: AFP)Ronaldinho encaixa passe genial para Bernard
fazer o gol do Galo no primeiro tempo (Foto: AFP)
O Independência nem precisava de um gol tão cedo para chacoalhar o time do Atlético-MG. A torcida nem precisava de um presente tão precoce, tão grande, para gritar mais e mais e mais. Mas aconteceu. Três minutos, apenas três minutinhos, e o Galo já pulou na frente.

O passe de Ronaldinho foi uma preciosidade. Ele encontrou um daqueles espaços que só os craques percebem. Recebeu, pensou durante meio segundo e já acionou Bernard. Entre os zagueiros, deixou o garoto livre, como quem diz: “Vai, filho, faz”. Enquanto o jovem meia-atacante encaixava o corpo para marcar o gol, o camisa 10 já erguia o braço direito, iniciando a comemoração. O Horto entrou em surto. Gol de Bernard, gol do Galo!
O time mineiro ficou elétrico. Cada bola valia a maior das divididas. Cada jogada valia o maior dos esforços. Lutar, lutar, lutar. Diego Tardelli cresceu no jogo aos poucos. Marcos Rocha apareceu bem pela direita. Ronaldinho centralizou as ações pelo meio. Jô brigou lá na frente. Mas do outro lado estava um bom time, um time perigoso. O Newell’s jamais deixou de avisar que poderia fazer um gol. Chute de Maxi Rodríguez, bem defendido por Victor, foi um sinal.
Nahuel Guzman goleiro atendimento jogo Atlético-MG contra Newell´s (Foto: AP)Guzmán, a figura do primeiro tempo (Foto: AP)
Mas o goleiro que roubou as atenções no jogo foi Guzmán. Fez duas defesas fundamentais, em lances parecidos, um contra Bernard, outro contra Josué. Os brasileiros receberam na área, pela esquerda, e bateram cruzado. O goleiro se agigantou na frente deles.
Em outro lance, foi atingido, involuntariamente, pela chuteira de Tardelli. Cortou a cabeça e machucou o nariz. Ficou nove minutos sendo atendido. Passou parte da etapa com a cabeça enfaixada e pedaços de algodão enfiados nas narinas. Parecia saído de uma guerra.
Por causa do atendimento a Guzmán, o primeiro tempo foi a 54 minutos. E foi aí que quase saiu o segundo gol do Galo. Jô girou sobre a zaga, avançou área adentro e levou um encontrão de Victor López. Não houve atleticano no mundo que não tivesse pedido pênalti. Mas a arbitragem nada marcou.
2 a 0 no segundo tempo de 58 minutos
O Atlético-MG voltou mal no segundo tempo. Logo na largada do período, Diego Tardelli foi agarrado na área. Pediu pênalti, novamente negado pela arbitragem. Parecia um presságio de mais pressão, de mais sufoco. Mas não seria tão fácil.
O problema é que o Newell’s voltou ligado do intervalo. Marcou melhor. E quase empatou em rápido contra-ataque. Casco recebeu na área, frente a frente com Victor, e se enrolou com a bola.
O Galo ficou nervoso. O rendimento caiu. Erros se multiplicaram. A cada minuto, o Newell’s parecia mais confortável  em campo. E aí caiu a luz. Parte dos refletores perdeu a energia. O jogo ficou 11 minutos parado. Quando foi retomado, era outro Atlético.
Entraram Alecsandro e Guilherme, na cartada final de Cuca. Cartada decisiva. Após arremesso lateral, a bola viajou para a área do Newell's e voltou no pé de Guilherme. O chute foi forte, seco, no peito do pé. O Independência soltou um urro coletivo. Gol! Gol do Atlético!
O jogo, incrível, seguiu vivo. Luan, outro a entrar, poderia ter feito o terceiro, o da classificação. Não aconteceu. A decisão foi aos pênaltis. E aí deu Galo.
As cobranças
Alecsandro foi o primeiro a cobrar. Bateu bem, no ângulo. Scocco, com uma cavadinha, empatou. Guilherme bateu o seguinte, e marcou. Vergini igualou. E aí Jô perdeu o primeiro. Bateu para fora, rasteiro. Sorte do Galo que Casco, na sequência, também errou.

Lá foi Richarlyson chutar o quarto: alto, muito alto, para fora. Mas a noite era do Atlético. Cruzado também chutou extremamente mal. Para a cobrança final, o Galo teve a segurança de Ronaldinho, com ótima cobrança. Caiu toda a pressão nos pés de Maxi Rodríguez. Victor respirou fundo, fez um sinal afirmativo com a cabeça. E entrou para a história do Atlético-MG.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Santos FC recebe CRAC (GO) nesta quarta-feira (10) pela terceira fase do Copa do Brasil

Depois de vencer o clássico com o São Paulo por 2 a 0, no domingo (07), o Santos FC vira a página no Campeonato Brasileiro. Já nesta quarta-feira (10), o Peixe recebe o CRAC (GO) às 21h50, na Vila Belmiro, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
Pela primeira vez nesta edição do torneio, o Alvinegro Praiano atuará o jogo inicial em casa. A segunda partida está marcada para o dia 24 de julho, também às 21h50, no Estádio Genervino Fonseca, em Catalão (GO). Vale ressaltar que na terceira fase da Copa do Brasil não há mais a vantagem do visitante eliminar o segundo desafio, em caso de uma vitória por dois gols de diferença.
O Santos FC chega para a terceira etapa do torneio nacional após eliminar o Joinville (SC), com uma vitória por 1 a 0, na Arena Joinville, e um empate sem gols, na Vila Belmiro. Na primeira fase, o Alvinegro Praiano passou pelo Flamengo (PI). No jogo de ida, 2 a 2; na volta, 2 a 0.
Já o CRAC eliminou o Betim (MG) com dois triunfos: 3 a 2 em Goiás e 1 a 0 em Minas Gerais. Na primeira fase, os goianos superaram o Náutico (PE) com um 3 a 1 no Genervino Fonseca e um empate de 1 a 1 nos Aflitos.
Equipe confirmada
Para o desafio da Vila Belmiro, o técnico Claudinei Oliveira deve manter a mesma equipe que iniciou o clássico com o São Paulo. Com isso, os desfalques santistas seguem os mesmos - Edu Dracena (tendinite no joelho direito), Renê Júnior (inflamação no púbis), Neto (artroscopia no joelho esquerdo) e Victor Andrade (cirurgia de desvio de septo e retirada das amígdalas). Outro jogador que não atua é o recém-contratado Mena, que ainda não tem situação regularizada para atuar.
Com isso, o Santos FC entra em campo com: Aranha; Galhardo, Gustavo Henrique, Durval e Léo; Arouca, Cícero, Leandrinho e Montillo; Neilton e Willian José.
Arbitragem
O trio de arbitragem de Santos FC e CRAC é paranaense. Leandro Junior Hermes apita o desafio. Bruno Boschila e Ivan Carlos Bohn atuam como auxiliares. Vinicius Furlan, de São Paulo, é o quarto árbitro.

Santos desiste de repatriar Robinho

O Santos desistiu de contratar Robinho, do Milan. Em nota divulgada nesta quarta-feira à tarde, o Peixe informou que tanto o clube como os italianos e o próprio jogador tentaram alcançar valores em comum, mas afirmou que a soma da operação como um todo ainda está "distante da realidade do futebol brasileiro".
Para tomar a decisão, o Santos colocou no papel os valores que seriam gastos não só com a compra do jogador, mas com o pagamento de salários por três anos de contrato. O Peixe fora informado, mês passado, por uma representante do Milan indicada pelo atleta, de que o Rei das Pedaladas desejava receber quase R$ 1,3 milhões mensais, livres de impostos.
Em seguida, o Santos conversou com Marisa Alija, representante do ídolo. Segundo ela, o atacante aceitaria retornar à Vila Belmiro por valores menores que os anunciados anteriormente. O "Pedalada" baixou as exigências para R$ 1 milhão mensais. O Peixe, porém, ainda buscava uma redução maior na pedida, para cerca de R$ 800 mil. As partes se esforçaram atrás de um entendimento, mas sem o final sonhado tanto pelo Alvinegro, como pelo Milan (que tentava negociar o atleta e angariar recursos para transferências) e o próprio jogador, que almejava a volta para o clube que o revelou.
 
Confira a nota oficial do Santos
O Santos FC informa que não chegou a um acordo para a contratação do atleta Robinho nesta janela.
Clube, jogador e o Milan tentaram chegar aos valores e condições que possibilitassem a transferência, mas, mesmo com o esforço de todos os lados, não foi possível alcançar os números. A soma da operação, entre pagamento ao time italiano e os salários do atleta, ainda está distante da realidade do futebol brasileiro